sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Como fazia para parar de se sentir assim? Como fazia mesmo?
E do conforto que sentar-se bem proximo do joelho
E prestar atenção na respiração, surpreso, no mistério disso tudo.

Quem perde, e o que perde, sabe como é.
O grande problema do processo é se livrar dos planos.
Cruel é ter que convocar um a um numa sala branca
na qual nunca se entra, e habita apenas o desconforto
Chama-los e anunciar sua morte iminiente e irrevogável.

Da cinta da calça se tira um revolver então.
O tabor gira, a agulha se movimenta e diretamente no centro dos olhos daquele que antes lhe seria um querido companheiro para madrugadas desobedientes..
Mata o sonho, chama o próximo, ritual que deve acontecer.

Dói em mim também.

E talvez reduzir-se a porcentagens, a termos de sobrevida e reposicionamento e cura.
Não.
Espanto não se deveria ter, haja visto que assim é, assim sempre foi e não há o que não será.
Mas,

Mantenha-se em linha.
Não se deixe perturbar.
Saiba que apesar do que sente, está com muita gente por perto.

Por um momento
Como daqueles que perdemos a força sobre o olhar
Enquanto esperamos nosso nome ser anunciado no consultório
E pegamos nós mesmo encarando e chão, como se houvesse ali algum mistério a ser resolvido imediatamente.

Por um momento parece que tanto faz.
E deixa que assim seja pelo motivos que também tanto faz.

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