Sou pouco na vida, sou riscos;
Limito-me a preservar minhas fronteiras
E cansa-me ser tanto assim, vida inteira
Cansa-me o pouco da vida que sou
Sem sonhos, sem flores ou jardineira
Levo pouco; o corpo, a tinta, a vida
Basta-me a ponta para fatigar-me o caminho
Sei dos destinos todas as linhas.
Sou pouco na vida, insisto
Mas o pouco retilíneo me exausta
Na clausura dessas retas matemáticas
Que não se tocam, apenas arrastam.
Não gosto de muito, gosto do ponto;
Um píxel redondo, poderoso e soberano.
Um ponto daqueles que acabam com o conto
Ser risco me cansa, quero ponto, e não encontro.
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Um comentário:
Deixo uma flor vinda do meu jardim pra ti!
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