sábado, 22 de setembro de 2007

Texto bem pessoal para ser poesia, prosa ou panfletagem. {Sobre até onde as sensações podem chegar, e sobre saber ser grato, e dizer obrigado, sobre.}

Porque é papel, porque é mentira, porque é bricadeira.

Porque dizem que é salgado, mas se sente doce e só se lembra que no fim arde a ponta da língua.

Por que tem jeito de reencontro de amigos, porque lembra uma conversa gostosa, daquelas que se muda de assunto tão rápido que parece que ainda se fala da mesma coisa.

Simplesmente porque é simples, e faz parte da vida.

É incomparável, é impossível de se reproduzir artificialmente, é poético.

Não é nada, pois ainda representa tudo, e acaba mudando sempre.

É assim, sempre foi, e você se lembra, não é!?

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Das tardes que se fazem, se constroem e se rebentam nas praias do fim de todo dia. Desses dias comuns, em que não é a poluição, nem o congestionamento nem as pombas quem vão lhe tirar a atenção. É dessas sextas-feira que nada têm do dia da criação.

É o gosto para o velho adormecido, que mal pensa na vida, para não ter com que se chatiar. É um briquedo novo! Talvez nem tão novo assim, talvez apenas um brinquedo guardado lá no fundo do guarda-roupas, mas do qual nem se lembrava como traz felicidade! É esperança, quando se sente a primeira gota cair em terra rachada pela vontade dura e soberana de um tempo sem amor.

É surpresa, mesmo que marcada, apenas pela vivacidade que se traz, que anuncia! É daquelas belezas que se quer olhar, e olhar, e admirar, mas que não se tem a menor pretenção de ser dono! É como um jardim de azuis muito bonitos...

Gotinhas de chocolate naquele biscoito gostoso, filme antigo na televisão, telefonema de alguém de longe, chuva no finalzinho da tarde e a manhã seguinte, com aquele ar todo novo, recém-nascido...

Das certeza floreadas pela intenção de vida, pelos planos muito bonitos, pelo amor que se vê e, de repente, até se sente! Do sorriso do qual milhares de coisas boas se desfragmentam e permeiam o ar, como que perfume, como que saudade.

É a volta da esperança, em forma física, com endereço e documentos. É entender que ainda se é criança, pois de tudo ainda resta tudo, nada se fez nem pode ter chegado ao fim.

É cachoeira, depois de uma trilha longa de calor e curiosidade.

Não é sonho, e de tão mágico, também nem pode mais ser realidade.

É, pode ser de o vento vir contra o cais sim, pode até mesmo ser da vida acostumar, mas já tenho, já sou e já sei, que em algum lugar do mundo, em algum lugar destes concretos usados pelo tempo, há um estrela, e de onde vejo, até onde sei, parece que acompanhada por mais outra, ambas se orbitando, ambas se procurando e se achando, ambas dançando a música da beleza, como que para provar para o pequeno marujo de mar sossegado aqui, que é lindo, muito lindo, e que para sempre, em todas as horas, pelo menos, pode ser...

É vontade de dizer obrigado, por ter sido testemunha,

Obrigado.

Um comentário:

lucas lyra disse...

é - td isso foi sexta agora né?!
uma sexta agradável em sp!
eu e o marcello viajamos na maionese: "está um bom dia pra descobrir algo; pra mudar algo" , "tá um dia bem produtivo!"
hehehe